Adaptado de: Cancer Research UK (2019)

O que é o cancro da próstata?

A próstata é uma glândula (com tamanho semelhante a uma noz) que se situa na base da bexiga. Ajuda na produção de sémen, tornando-a numa parte importante da reprodução.
O cancro da próstata desenvolve-se quando as células da mesma começam a proliferar de forma descontrolada; isto deve-se ao crescimento de células anormais que apresentam um comportamento diferente das restantes.
Estas células cancerígenas podem sofrer mutações e multiplicar-se de forma a criar mais células cancerígenas, provocando o crescimento do cancro. Este crescimento descontrolado leva a uma prevalência das células cancerígenas em relação às normais, tirando a energia e nutrientes que estas últimas precisam. Por vezes, as células cancerígenas podem espalhar-se para outras partes do corpo; este processo é conhecido por metástase.
Apesar de não haver causas conhecidas, têm sido identificados vários fatores de risco do cancro da próstata, incluindo o aumento da idade, a etnia, histórico familiar e certas mutações genéticas.

O cancro da próstata forma-se nas células da glândula prostática.

Quais os sintomas?

A maioria dos homens com cancro da próstata numa fase inicial não apresenta sintomas. Estes tendem a aparecer quando o cancro cresce o suficiente para exercer pressão sobre a uretra.

Possíveis sintomas incluem:

Aumento da micção, especialmente durante a noite

Sensação de dor ou ardor durante a micção

Micção urgente

Dificuldade em reter urina

Sentimento
de bexiga constantemente cheia

Disfunção erétil

Dificuldade em iniciar a micção

Sangue na urina ou sémen

Fluxo de urina fraco ou interrompido

Se o cancro da próstata proliferar para outras zonas do organismo, pode causar outros sintomas, como:

Perda de peso não intencional e perda de massa muscular

Gânglios linfáticos aumentados

Perda de apetite

Dor nos testículos

Lesão nos nervos

Bexiga inflamada ou aumentada

Dor ou rigidez nos ossos, na parte inferior das costas, anca ou na pélvis

Coágulos sanguíneos nas veias profundas

Deve consultar o seu médico se experienciar algum destes sintomas. No entanto, é importante lembrar que estes sintomas podem ser comuns em pessoas que não têm cancro da próstata e também podem ser causados por outras condições. Por exemplo, o aumento da próstata pode pressionar a uretra e, embora normalmente não evolua para cancro, pode resultar em sintomas semelhantes aos do cancro da próstata.

Quão comum é o cancro da próstata?

Não está sozinho

O cancro da próstata afeta milhões de homens todos os anos.

1,4 milhões

É o segundo cancro mais comum nos homens, com mais de 1,4 milhões de casos em 2022 em todo o mundo.

4o

O cancro da próstata é o 4º cancro mais diagnosticado no mundo.

70 anos

Mais de metade das vezes, o cancro da próstata ocorre em homens com mais de 70 anos.

1o

Em Portugal, o cancro da próstata é o cancro com maior número de casos diagnosticados nos homens.

A maior incidência notificada de cancro da próstata é no Norte da Europa e na Europa Ocidental.

Como diagnosticar
o cancro da próstata

Numa fase inicial, o cancro da próstata, geralmente, não apresenta sintomas. Estes podem surgir à medida que o cancro progride e são, frequentemente, despoletados pela pressão exercida sobre a uretra, manifestando-se pelo aumento da frequência urinária e dificuldade ou urgência em urinar.

O diagnóstico do cancro da próstata é, geralmente, baseado nos resultados do exame clínico da próstata, uma análise ao sangue para verificar os níveis da proteína denominada antigénio específico da próstata (PSA) e uma ressonância magnética (RM), de forma a decidir se é necessário realizar uma biópsia.

Exames adicionais poderão ajudar a determinar o grau de evolução do cancro. Por exemplo, a tomografia por emissão de positrões (PET)/tomografia computorizada (TC), poderá ser utilizada para verificar até que ponto o cancro se propagou, e uma cintiligrafia óssea poderá ajudar a detetar metástases ósseas.

A avaliação do estadio do cancro da próstata é determinada de acordo com o tamanho do tumor, se se espalhou para os gânglios linfáticos e para os ossos ou outras partes do corpo. Esta informação é usada para ajudar a decidir qual o melhor tratamento a administrar.

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